Por Antonio Jorge de Melo
“Não vivemos para comer, mas comemos para viver.”
(Sócrates)
Desde os primórdios do pensamento
humano sabemos que os alimentos guardam estreita relação com a saúde. Hoje, muitos
especialistas que tratam doenças
neurodegenerativas como a ELA, incorporam a sua prática clínica diária, além das
medicações clássicas no tratamento da doença, como o riluzol e a memantina, a
mudança dos hábitos alimentares do paciente, retirando de sua dieta alimentos neurotóxicos,
e introduzindo alimentos neuroprotetores, aliado ao uso de suplementos
alimentares, polivitamínicos e antioxidantes.
Em linhas gerais, essa é a
proposta do Dr Maurílio Sarruf Estefan em sua abordagem terapêutica da ELA. Dr
Maurílio Sarruf é Médico Intensivista e Nutrólogo, ligado a Sociedade
Brasileira de Terapia Intensiva e Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e
Enteral, e atende na Clínica Bioclin, na linda cidade de Nova Friburgo, no Rio
de janeiro.
Ontem (29/9), eu e o amigo Marcos Paim,
paciente de ELA e colaborador do Movela, tivemos
a honra de estarmos juntos na Clínica do Dr Maurílio. Confesso que fiquei
bastante impactado com as informações que este especialista me passou sobre a fisiopatologia
da ELA, e sua relação direta com muitos alimentos neurotóxicos que ingerimos no
dia a dia sem termos qualquer noção do quanto podemos agravar a doença. Ao
mesmo tempo, segundo ele revelou, com uma alimentação rica em antioxidantes é possível
minimizar ou a até mesmo neutralizar o efeito neurótoxico de certas substâncias
endógenas presentes no organismo do paciente acometido de ELA.
Enquanto a ciência não traz uma solução
definitiva para a cura da ELA, hoje é possível sim lançar mão de uma gama razoável
de tratamentos multidisciplinares e com diferentes focos, onde é possível preservar
a nossa vida e renovar a nossa esperança por dias melhores.