Biocientista brasileiro pede cuidado ao avaliar as novas pesquisas
20/01/2011
Os pesquisadores identificaram que a spirulina deu apoio neuroprotetor para os neurônios motores em um modelo de rato com ELA. O suplemento foi administrado para atrasar os sintomas motores e progressão da doença. Segundo a autora do estudo, professora Svitlana Garbuzov-Davis, “A maioria dos tratamentos disponíveis alivia os sintomas, sem alterar a doença subjacente. No entanto, a evidência de estresse oxidativo tem sido associada com a Esclerose Lateral Amiotrófica e, em nossos estudos a nteriores, demonstramos uma diminuição significativa em marcadores de dano oxidativo e inflamação em ratos envelhecidos alimentados com dietas suplementadas com spirulina ou espinafre".
Em dez semanas, foram comparados ratos com ELA que receberam dieta suplementar com spirulina e ratos que não rec eberam a dieta. O resultado evidenciou que os ratos com ELA que consumiram spirulina mostraram uma menor quantidade de marcadores inflamatórios e degeneração dos neurônios motores.
Porém, alguns especialistas fazem uma ressalta e mantém os pés no chão com relação ao estudo. Segundo o biocientista brasileiro, Miguel Mitne Neto, o efeito da spirulina foi observado quando os camundongos foram tratados desde o início da vida, ou seja, quando ainda não eram afetados e que esta situação dificilmente ocorreria nos seres humanos.Por isso ele faz um alerta. “É preciso ter cuidado ao falar de certos experimentos, pois os pacientes podem procurar enlouquecidamente um composto sem haver comprovação de sua eficácia. E, em se tratando de extrato de alga, seria facilmente obtido pelos pacientes. É preciso deixar bem claro que a spirulina não foi comprovada como tratamento, trata-se apenas de uma pesquisa”, concluiu.
Fonte: University of South Florida (USF Saúde)