Por Renata Costa Pereira - Fisioterapeuta
A ELA ( esclerose
lateral amiotrofica) é uma doença degenerativa que atinge os neurônios da ponta
anterior da medula e os feixes piramidais, comprometendo com isso os neurônios
motores superiores e inferiores que são responsáveis pelo movimento voluntário,
levando a perda desta função.
O indivíduo com ELA
geralmente evolui com o quadro clínico de fraqueza muscular e fadiga,
conseqüentemente numa diminuição de suas atividades da vida diária – AVDs..
A fraqueza muscular
progressiva pode ser uma das maiores queixas de desconforto nestes pacientes, e
é com esse foco no sistema musculoesquelético que a atuação da Fisioterapia
Motora junto com a equipe multidisciplinar.
O medico
diagnostica a patologia e encaminha para a fisioterapia motora e para
fisioterapia respiratória.No qual o fisioterapeuta realiza uma avaliação, sendo
que nesta avaliação o fisioterapeuta irá realizar colher as informações sobre a
historia atual (HDA), historia pregressa ( HPP), exames complementares, alguns
testes específicos de reflexos, teste a contração muscular, observar sobre
clönus, fraqueza muscular, alteração respiratória. O fisioterapeuta durante a
avaliação vai determinar o melhor tratamento para cada caso.
Na fisioterapia
motora pode ser realizada fora ou dentro da piscina, neste caso a terapia tem
indicação para a hidroterapia devido as propriedades da água, mas ainda não são
todos os pacientes que tem acesso a este tipo de terapia especifica. Na
hidroterapia é uma fisioterapia realizada dentro d’agua com a temperatura ente
32º-33º com objetivo de trabalhar movimentos de relaxamento, alongamento e
diminuição da dor. Sendo mais fácil para o paciente realizar dentro d’ água que
não possa ser realizada no solo, já que na água não temos a ação da gravidade,
eliminando o peso do corpo. O tratamento fisioterápico irá auxiliar na
manutenção e prolongamento da independência do paciente.
O fisioterapeuta
que acompanha o paciente com ELA deve estar atento aos sinais de cansaço,
conhecer os fatores pessoais e clínicos que agravam os sintomas da doença e
orientar o paciente e o seu cuidador quanto à conservação de energia. Torna-se
necessário, portanto, adaptar o tratamento de forma individualizada respeitando
a tolerância e as necessidades do paciente, visando manter sempre que possível
a sua máxima independência funcional.