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Em 2009 fui diagnosticado com uma doença do neurônio motor (DNM) Trata-se de uma doença neuromuscular, progressiva, degenerativa e sem cura. Mesmo assim insisto que vale a pena viver e lutar para que pesquisas, tratamentos paliativos, novos tratamentos cheguem ao Brasil no tempo + breve possível, alem do respeito no cumprimento dos nossos direitos. .

31 de out. de 2012

Atuação Fonoaudiológica na Esclerose Lateral Amiotrófica



Por Juliana M Freitas - Fonoaudióloga

A E.L.A. é uma doença degenerativa e progressiva que leva a morte seletiva de neurônios do sistema nervoso central, no caso, os neurônios motores que controlam os movimentos de toda musculatura de membros inferiores e superiores, laringe e região orofacial. Tem início insidioso e curso progressivo. (AbrELA, 2003).

O objetivo da Fonoaudiologia é a manutenção das funções orais ligadas à fala, voz e deglutição.

Durante a evolução da ELA, ocorre uma disfunção da musculatura orofaringolaringeal e da musculatura respiratória, devido a degeneração dos neurônios motores do trato corticobulbar, resultando em queixas de disartria, dispnéia, disfonia e disfagia.

A Disartria (alteração na expressão verbal causada por uma alteração no controle muscular dos mecanismos da fala) compromete a produção oral que é o nosso principal meio de comunicação, qualquer alteração na emissão dos sons da fala representa não somente perdas físicas, mas sociais e emocionais, deixando a parte o convívio familiar e social. A implementação de Comunicação Alternativa é fundamental para manter o paciente interagindo com seus familiares e as pessoas que o cercam.

A Disfagia é preocupante, deve ser avaliada e tratada para não ocasionar problemas secundários como a desnutrição, desidratação e complicações pulmonares. As mudanças na consistência dos alimentos é uma das estratégias do fonoaudiólogo para que o paciente continue se alimentando por via oral de forma segura. Saber o momento certo de sugerir uma via de alimentação alternativa é fator primordial para manter o paciente longe de pneumonias aspirativas em decorrência de alimentação via oral ineficiente quanto à proteção de vias aéreas inferiores.

A demora na realização do diagnóstico impossibilita a monitorização dos sinais e sintomas apresentados e as condutas necessárias a cada estágio, fator que agrava a disfagia e compromete a sobrevida e a qualidade de vida do paciente.

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