Por Antonio Jorge de Melo
Hoje é o Dia Mundial de Luta
Contra a AIDS, e o Brasil se destaca como exemplo e modelo a ser seguido por
outros países no combate a essa doença. Hoje qualquer paciente de AIDS no
Brasil tem acesso a um coquetel composto por várias drogas, alem da ampla distribuição
de preservativos. Penso que, se conseguimos esse nivel de excelência p/ o
tratamento da AIDS, porque não buscarmos a excelência tambem para a
concientização e tratamento das doenças neuromusculares, que
hoje acometem em torno de 80.000 brasileiros, sendo que desse total 13.000
aproximadamente são pessoas com ELA?
Claro, guardadas as devidas
proporções e diferenças, até porque a AIDS é uma doença epidêmica, está associada a comportamentos de risco, e medidas
são tomadas em conjunto a nível mundial para combate-la, o programa Anti-AIDS no Brasil possui
recursos elevadíssimos, é a "menina dos olhos" do Ministério da Saúde.
Tudo bem, nada contra. O que devemos considerar é que esse critério não é levado
em conta para o tratamento, concientização, e medidas outras para as doenças
neuromusculares, um conjunto de doenças neurodegenerativas que possuem um elevado índice de letalidade e de
incapacitação, entre outras coisas, e que causa um imenso sofrimento e angústia tanto no paciente, quanto em toda a sua família, alem das dificeis questões sociais aí implicadas.
No Brasil, no que tange a programas de saúde
pública, "pau que dá em Chico, não dá em Francisco".