Caros amigos,
Há um ano venho sofrendo de Esclerose Lateral Amiotrófica, uma doença rara que não tem apresenta nem tratamento nem cura, tenho buscado em meu nome e em nome de todos os brasileiros que sofrem desta doença informações sobre pesquisas científicas em humanos que possam representar esperança para muitos cidadãos que vivem hoje num total estado de inércia. Após terem seu diagnóstico confirmado estas pessoas passam a viver isolados em suas casas sofrendo a total incapacidade da medicina intervir a seu favor.
Sendo eu um médico que há 24 anos vem atuando na medicina, na especialidade de cardiologia e cirurgia cardíaca, buscando sempre absorver as melhores técnicas cirúrgicas e as melhores medicações e utilizá-las em nosso meio junto com toda a sociedade brasileira de cirurgia cardíaca. Tive a honra de trabalhar muitos anos com o famoso cirurgião José Wanderlei Neto que é um exemplo vivo desta conquista. Atualmente minha missão é a de visitar os mais respeitados centros internacionais de neurociência e tentar conectar esses centros com nossas instituições universitárias, institutos de pesquisa e hospitais, sempre buscando também ter os cientistas e médicos presente em todas as discussões e decisões.
Vou à Israel dia 30 de setembro, como um ilustre desconhecido, baterei em portas que não tenho a convicção que serão abertas para uma boa recepção. Tudo certamente seria diferente se caso fosse esta minha jornada apoiada pelas entidades que tem poderes de decisão sobre determinados assuntos como o agora tratado. Solicito a apreciação do presidente do senado brasileiro, senador Renan Calheiros, senador Fernando Collor da comissão de relações exteriores e os deputados que compõe a comissão de doenças raras presidida pelo deputado federal Maurício Quintela e que conta com a participação da deputado federal Rosinha da Adefal. Estas autoridades podem me conceder credenciais como observador científico do congresso nacional o que tornará minha recepção em Israel diferenciada entre as instituições diplomáticas governamentais, universitárias, hospitalares e filantrópicas.
Os custos desta viagem, que ainda inclui a visita à centros de pesquisa na Itália, Rússia e Inglaterra, foram obtidas graças a ajuda de familiares e amigos próximos. Não é uma viagem de turismo ou de negócios e sim uma missão humanitária onde buscarei alternativas que me beneficie, mais também a todos. Rogo que as pessoas que estejam relacionadas neste texto possam refletir e passar a participar ativamente deste projeto, que é de todos os brasileiros.
É necessário que qualquer contato ou conhecimento como membros da colônia israelita ou de judeus de outros países que possam ter influência em Israel que possam solicitar destas pessoas, que se mobilizem para que sejamos recebidos como irmãos e que nossas necessidades sejam atendidas em honra à próspera relação que existe entre o Brasil e a Nação Judaica.
Na esperança de obter a atenção e ajuda de todos,
Hemerson Casado Gama
Cirugião Cardiovascular
Paciente de ELA