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| Dir médico da Fifa Jiri Dvorak |
11/072012 - Em julho de 2012 foi realizada na sede da FIFA em Zurique a primeira reunião entre o diretor médico da FIFA, Jiri Dvorak, e o conselho científico da Fundação Borgonovo. O encontro serviu para trocar experiências sobre a ELA, uma complicada doença neuropática até hoje sem cura, e o seu impacto no âmbito do esporte, inclusive no futebol. Um dos primeiros objetivos do Centro de Pesquisa e Avaliação Médica da FIFA (F-MARC) é registrar com exatidão as ocorrências de ELA no esporte, o que poderá servir como base para estudos epidemiológicos posteriores.efano
Fraqueza muscular progressiva
A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma grave doença sistêmica neuropática que causa o declínio progressivo dos neurônios motores centrais e periféricos (responsáveis pela função muscular) e leva à morte precoce. A enfermidade afeta entre duas e três pessoas a cada cem mil.
A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma grave doença sistêmica neuropática que causa o declínio progressivo dos neurônios motores centrais e periféricos (responsáveis pela função muscular) e leva à morte precoce. A enfermidade afeta entre duas e três pessoas a cada cem mil.
De acordo com estimativas, mais de 350 mil pessoas sofrem de ELA em todo o planeta. A doença se faz notar nos afetados por uma fraqueza muscular progressiva e assimétrica que acomete tanto a musculatura de braços e pernas quanto a musculatura necessária para respirar, falar e engolir. Apesar de existirem muitas hipóteses, infelizmente ainda não há certeza sobre as causas da doença.
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| Stefano Borgonovo |
Luta de Borgonovo
O ex-atacante da seleção italiana Stefano Borgonovo (47) vive há seis anos com o diagnóstico de ELA. Em 2008, ele veio a público para falar da assustadora doença. Ao mesmo tempo, Borgonovo, que é pai de quatro filhos, criou juntamente com a esposa Chantal a Fundação Stefano Borgonovo, que coleta dinheiro para a pesquisa da ELA. Além disso, o italiano também lançou o livro O atacante nato.
O ex-atacante da seleção italiana Stefano Borgonovo (47) vive há seis anos com o diagnóstico de ELA. Em 2008, ele veio a público para falar da assustadora doença. Ao mesmo tempo, Borgonovo, que é pai de quatro filhos, criou juntamente com a esposa Chantal a Fundação Stefano Borgonovo, que coleta dinheiro para a pesquisa da ELA. Além disso, o italiano também lançou o livro O atacante nato.
Hoje em dia, Borgonovo, que foi campeão da Liga dos Campeões da UEFA pelo Milan, está preso à cama. O corpo está completamente paralisado. A única parte que ele ainda consegue movimentar são as pupilas. Por meio delas, ele comanda um computador, que é a sua última possibilidade de comunicação com o mundo exterior. Todas as outras possibilidades de viver foram roubadas dele pela "doença bastarda", como ele próprio chama a enfermidade.
Chantal Borgonovo foi acompanhada por neurologistas e epidemiologistas italianos especializados em ELA no encontro com Dvorak. O diretor médico da FIFA, que também é neurologista, acompanha o desenvolvimento da ELA no esporte há mais de dez anos.
Dvorak entre confiança e realismo
O presidente da FIFA, Joseph S. Blatter, vem acompanhando há bastante tempo a doença de Borgonovo e a sua inquebrantável vontade de viver. "Na cerimônia de gala da Bola de Ouro 2011, eu me encontrei com Chantal e Alessandra Borgonovo, a mulher e a filha de Stefano, ex-jogador do Milan e da Fiorentina", afirmou Blatter. "O Stefano tem ELA, uma doença neuropática muito grave que o paralisou. Apesar da enfermidade, ele nunca parou de amar o futebol e ainda se ocupa da sua escolinha de futebol. O Stefano tem toda a minha simpatia e todo o meu apoio."
O presidente da FIFA, Joseph S. Blatter, vem acompanhando há bastante tempo a doença de Borgonovo e a sua inquebrantável vontade de viver. "Na cerimônia de gala da Bola de Ouro 2011, eu me encontrei com Chantal e Alessandra Borgonovo, a mulher e a filha de Stefano, ex-jogador do Milan e da Fiorentina", afirmou Blatter. "O Stefano tem ELA, uma doença neuropática muito grave que o paralisou. Apesar da enfermidade, ele nunca parou de amar o futebol e ainda se ocupa da sua escolinha de futebol. O Stefano tem toda a minha simpatia e todo o meu apoio."
"A coleta e a troca de dados desempenham um papel fundamental na discussão e análise da doença, que permanece amplamente sem ser pesquisada", declarou Dvorak. O médico também tratou da doença neuropática em maio durante o Congresso da FIFA em Budapeste e pende entre a confiança e o realismo ao falar sobre a ELA.
"Não vamos desistir"
"Temos dados insuficientes para assumirmos uma posição definitiva", prosseguiu Dvorak. "Atualmente, não há nenhuma terapia contra a ELA. Apesar de muitas novas descobertas, ainda temos um longo caminho pela frente." O físico Stephen Hawking, por exemplo, vive com a traiçoeira doença há várias décadas. "É uma luta muito longa", afirmou Chantal Borgonovo. "Mas ainda assim estou convencida de que ele não perdeu as esperanças. De qualquer forma, não vamos desistir."
"Temos dados insuficientes para assumirmos uma posição definitiva", prosseguiu Dvorak. "Atualmente, não há nenhuma terapia contra a ELA. Apesar de muitas novas descobertas, ainda temos um longo caminho pela frente." O físico Stephen Hawking, por exemplo, vive com a traiçoeira doença há várias décadas. "É uma luta muito longa", afirmou Chantal Borgonovo. "Mas ainda assim estou convencida de que ele não perdeu as esperanças. De qualquer forma, não vamos desistir."
Infelizmente, no dia 27/062013, aos 49 anos morre Stefano Borgonovo, mas a Fundação que ele criou juntamente com sua esposa continua firme realizando jogos de futebol beneficentes, entre outras ações, para arrecadar fundos para a pesquisa da ELA.
