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Em 2009 fui diagnosticado com uma doença do neurônio motor (DNM) Trata-se de uma doença neuromuscular, progressiva, degenerativa e sem cura. Mesmo assim insisto que vale a pena viver e lutar para que pesquisas, tratamentos paliativos, novos tratamentos cheguem ao Brasil no tempo + breve possível, alem do respeito no cumprimento dos nossos direitos. .

19 de jan. de 2016

Empresa holandesa está desenvolvendo apresentação de Radicut (edaravona) via oral

Bernard Miller, CEO da Treeway ao lado do ,Presidente da
 Associação Lutando Contra a ELA Sthanley Abdão 

Por Antonio Jorge de Melo

No dia 13 de dezembro do ano passado, o MNDA Researrch Blog publicou uma importante matéria sobre a Edaravona assinada pelo Neurologista  americano Dr Brian Dickie, Diretor de pesquisas  da MNDA.

Segundo  Dr  Brian, “... há muitas evidências de que o estresse oxidatvo desempenhe um papel na doença do neurônio motor (DNM) e outras doenças neurodegenerativas. No entanto, transformar a teoria em tratamentos tem sido difícil. Várias estratégias de tratamentos anti-oxidantes foram testadas em ensaios clínicos, mas nenhum foi eficaz. Mas talvez haja sinais de que as coisas estão mudando”.

Dr Brian fala também  sobre a pesquisa que clínicos japoneses realizaram  em parceria com a empresa  Mitsibushi Tanabe Pharma. Trata-se de um  estudo  de 9 meses de duração com a droga edaravona, um  captador de radicais livres que já existe no Japão desde 2001, quando foi lançada para o tratamento do AVC Isquêmico, e possui além de sua marca de referência, que é o Radicut, mais 4 marcas genéricas, que são: Nuravon, Edvo, Aravon, Fraseda e Edavon. Eles apresentaram seus resultados no último dia do 26º Simpósio Internacional de  DNM/ELA em Orlando.

Segundo Dr Brian explica, “a pesquisa  envolveu mais de 200 pacientes (metade tomaram  o medicamento, metade tomaram  placebo).  No entanto a pesquisa não mostrou qualquer benefício estatisticamente significativo, embora tenha havido uma tendência para a progressão mais lenta com a droga”. Com base nessa informação apresentada no estudo, os pesquisadores se dedicaram a analisar os dados de forma mais profunda, e eles identificaram um subgrupo de pacientes que pareceu obter algum benefício adicional com a edaravona, em relação aos dados globais da pesquisa inicialmente compilados. Assim, o próximo passo foi a realização de um estudo mais aprofundado focado nesse subgrupo específico de pacientes . Mais de 130 pessoas participaram desta nova fase da pesquisa, recebendo infusão intravenosa de edaravona. Os resultados mostraram uma desaceleração significativa da progressão da doença (avaliada por meio do ALS Functional Rating Scale) durante um  período de tratamento que durou cerca  de 24 semanas.

Dr Brian ressalta ainda  em seu artigo  que, “embora estes resultados dão um vislumbre de esperança depois de tantos anos de testes negativos e inconclusivos, há algumas perguntas que precisam ser respondidas. Por que a droga só demonstrou algum efeito em um subgrupo? Os resultados do estudo podem ser confirmados e, em caso afirmativo, pode um efeito a longo prazo ser demonstrado? Será que a droga tem um efeito na sobrevida? Além disso, a droga tem que ser administrada por via intravenosa, que pode ser impraticável para muitos, e além disso existem diferenças fundamentais na maneira que a população japonesa metaboliza drogas em comparação com os caucasianos, de modo que  diferentes doses precisam  ser consideradas para diferentes populações”.
Mas logo a seguir Dr Brian nos brinda com uma importante revelação, dizendo que, “felizmente, algumas dessas perguntas serão respondidas por meio de outro estudo. A empresa holandesa Treeway está  desenvolvendo  uma apresentação (de edaravona) que pode ser tomada por via oral, que tem  mostrado ser segura nas fases preliminares das pesquisas. A empresa tem o objetivo de iniciar um estudo de fase 2/3 em 2016”, conclui. 


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