Por Antonio Jorge de
Melo
Desde que fiz minha
primeira prova de função pulmonar em 2009, orientado pelo ilustre Neurologista
Marco Chieia (UNIFESP), até os dias atuais, minha Capacidade
Vital Forçada (CVF) vem sofrendo um decréscimo lento e gradual. De uma CVF
inicial de 91% em 2009, hoje ela está
em 46%. A CVF representa o volume máximo de ar exalado com
esforço máximo, a partir do ponto de máxima inspiração.
Pelo fato de eu estar
em regime de Homecare, diariamente minha taxa de saturação de Oxigênio é
mensurada, e recentemente ela começou a apresentar valores limítrofes na parte
da manhã, oscilando entre 91% a 93%. Busquei o auxílio da Fisioterapeuta do
INDC e da TDN Simone Ziccari, e ela me orientou a fazer uso de um equipamento
chamado CONCENTRADOR DE OXIGÊNIO.

A oxigenoterapia é um dos principais
tratamentos para a Insuficiência Respiratória e Hipoxemia, pois ele auxilia na
melhora da qualidade de vida, no aumento da sobrevida, melhora a eficiência do
sono, reduz necessidade de internação, além de melhorar a função cardíaca.
O Homecare que me
assiste, logo que apresentei um laudo prescritivo, disponibilizou
para mim esse equipamento, que utilizo sempre que sinto qualquer
nível de dispneia ou desconforto respiratório por um período médio
de 1 hora, com resultados muito satisfatórios.

Por fim, na condição
de um paciente leigo, sempre insisto para que nós, pacientes de
ELA, não façamos qualquer tipo de tratamento ou terapia com
equipamentos sem a devida orientação de um profissional da saúde qualificado,
pois a ELA é uma doença de alta complexidade, e principalmente nesses tempos de
COVID19, devemos redobrar os cuidados e precauções.