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Em 2009 fui diagnosticado com uma doença do neurônio motor (DNM) Trata-se de uma doença neuromuscular, progressiva, degenerativa e sem cura. Mesmo assim insisto que vale a pena viver e lutar para que pesquisas, tratamentos paliativos, novos tratamentos cheguem ao Brasil no tempo + breve possível, alem do respeito no cumprimento dos nossos direitos. .

6 de mai. de 2012

Empresas aéreas violam Res Nº 9 da ANAC no embarque e desembarque de cadeirantes.


"As empresas aéreas ou operadores de aeronaves deverão oferecer veículos equipados com elevadores ou outros dispositivos apropriados para efetuar, com segurança, o embarque e desembarque de pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, nos aeroportos que não disponham de pontes de embarque, ou quando a aeronave estacionar em posição remota. "
(Res Anac Art 20 § 1º)


É de estarrecer qualquer um a forma como as empresas aéreas desse país insistem em descumprir as normas de segurança estabelecidas pela ANAC para o embarque e desembarque de passageiros que dependem de cadeira de rodas.
Viajo com baixa regularidade de avião, mas nem por isso é menos freqüente eu vivenciar as cenas de desrespeito, abuso e violação de conduta que essas empresas praticam sem o mínimo pudor com esses passageiros.
Viajei p/ Brasília no dia 29/02 pela WebJet. Tanto o embarque no Santos Dumont quanto o desembarque em Brasília ocorreram através de “finger”, o que é o correto. Porem, naquele mesmo dia, ao desembarcar de volta no Santos Dumont, fui obrigado a protagonizar mais um capítulo de um filme de terror que eles não cansam de exibir, me desembarcaram da aeronave sem finger e sem ambulift. Dois funcionários pegaram a minha cadeira, que somada ao meu peso chega a 106 kg e me desceram pelas escadas, me expondo a um iminente risco de acidente. O problema é que tenho uma doença neuromuscular grave, e se eu sofrer uma queda, as conseqüências para mim serão muito piores.
No dia 08/03, em nova viagem pela mesma empresa, mas agora para a cidade de Ribeirão Preto, e novamente protagonizo aquele filme de terror na hora do desembarque. Um aeroporto que não tem finger ou ambulift, e o desrespeito continua. Mas uma vez sou desembarcado da aeronave em uma situação de risco iminente.
No dia 10/03, ao retornar p/ o Rio, claro, mais um capítulo do manjado filme, e dessa vez eles colocam uma jovem que não demonstrava a mínima condição física ou técnica de fazer aquela manobra de me erguer escada acima p/ dentro da aeronave. A cadeira balançou de um lado p/ outro, e um funcionário da pista, que não tinha nenhum vínculo com a WebJet foi quem tomou a cadeira nas mãos junto com outro funcionário e aí fui colocado na aeronave. Caramba, cadê a Anac, cadê a Infraero, cadê o respeito e a responsabilidade dessas empresas?
Minha resposta a essa política de violação constante dos meus direitos tem sido através de ações judiciais. Já movi ações contra a TAM, GOL, e agora estou impretando uma contra a WebJet, e impretarei quantas forem necessárias até que alguém tome vergonha na cara e mude essa situação.
Recomendo a todos os cadeirantes, ou pessoas que dependam de uma cdr para embarcar ou desembarcar em uma aeronave que façam o mesmo. Quem sabe, mexendo no lucro desses empresários gananciosos eles mudam de atitude?.