A
Esclerose Lateral Amiotrófica, a ELA, leva a rápida deterioração motora nos
pacientes. Em poucos meses de evolução, os pacientes perdem a movimentação dos
braços, mãos, membros inferiores e tronco. Pior do que a tetraplegia nos pacientes com lesão medular cervical, os
pacientes ELA, em seguida, às vezes concomitantemente, perdem os movimentos do
pescoço, da língua e aqueles responsáveis pela fala, deglutição e respiração.
Estes pacientes assistem e sentem tudo, sofrendo, até a morte. Enquanto
isto, eles são totalmente dependentes de máquinas respiratórias e de pessoas
para a sua alimentação, higiene pessoal e todos os cuidados básicos.
Coloquem-se no lugar deles, tendo uma dor, uma coceira, um engasgo e não
ter a condição nem de chamar alguém para ajudar. Coloquem-se no lugar deles,
sonhando com a interrupção noturna do funcionamento dos aparelhos respiratórios
frente aos constantes apagões e à crise energética à qual passamos!
Não há na medicina outra doença que seja um Atestado de Óbito, sem, no
mínimo, um atratamento ou procedimento que seja um sopro de esperança para a
cura, prolongamento da sobrevida ou melhoria na qualidade de vida... Nenhum!!
Temos que ter a coragem de dizer, de ouvir e de agir. O
PROJETO ELA BRASIL da FMUSP entende que a partir de Janeiro de 2015 deve
incluir na sua pauta de trabalho as AÇÕES POLÍTICAS, ao lado das já
estabelecidas e em andamento AÇÕES SOCIAIS e CIENTÍFICAS, por perceber que a
ELA não está mesmo na agenda política deste país e por saber que sua
dependência nominal como DOENÇA RARA não vai lhe tirar do grupo das DOENÇAS
ÓRFÃS.
Todas as ações serão APARTIDÁRIAS, e sempre objetivarão o interesse exclusivo e restrito da Luta contra a Esclerose Lateral Amiotrófica.
Todas as ações serão APARTIDÁRIAS, e sempre objetivarão o interesse exclusivo e restrito da Luta contra a Esclerose Lateral Amiotrófica.
Clamamos novamente pela participação de voluntários, pacientes,
familiares e cuidadores, organizados em Instituições ELA, pois os médicos e
cientistas sozinhos não vão conseguir vencer todas as barreiras impostas na
Luta Contra a ELA. Devemos estar atentos, divulgar, discutir e criticar todos os movimentos
políticos a favor ou contra os pacientes ELA. Tudo é pouco e insuficiente!
Chegou hoje ao nosso conhecimento um Projeto de Lei n.º 167, de 2015, que tramita na Câmara e que acrescenta parágrafo 1.º
ao art. 45 da Lei n.º 8.213, de 1991, "os aposentados por idade, ou por
tempo de contribuição que vierem a ficar inválidos mediante avaliação da
perícia médica gozarão do mesmo benefício do caput.”
Assim, os brasileiros mais idosos que apresentarem a ELA após a sua
aposentadoria (contribuição ou idade) terão todos os benefícios como se
tivessem ficado doentes na ativa. Isto pode ser particularmente importante na
necessidade da assistência permanente de outra pessoa, o cuidador.
Apesar de estarmos constatando que a média da idade do diagnóstico da ELA está reduzindo na população (indivíduos cada vez mais jovens apresentam a doença), temos casos em que o diagnóstico da doença ocorre após os 65 anos.
Apesar de estarmos constatando que a média da idade do diagnóstico da ELA está reduzindo na população (indivíduos cada vez mais jovens apresentam a doença), temos casos em que o diagnóstico da doença ocorre após os 65 anos.
“Força Jacobiana Eficiente” faz-se necessária para organizar a vontade
coletiva num Estado que precisa ser refundado. (Adaptado da mensagem de Nicolau
Maquiavel).
Vamos acompanhar os meios e os fins!
Equipe
do Projeto ELA Brasil. FMUSP. Fev/2015