Por Antonio Jorge de Melo
Assim, muitos pacientes, familiares, simpatizantes da causa e redes sociais voltadas para a discussão da ELA estão com as
suas atenções voltadas para a Genervon e a sua droga GM604. Sobre essa questão
escrevemos uma matéria:
Entendo que aqui no Brasil o foco da atenção dos
pacientes e familiares tambem deveriam estar voltados para os resultados do
estudo FIIa do Fingolimod (Gilenya) em pacientes com ELA, resultados esses que
foram de forma resumida publicados, e na íntegra apresentados durante o
American Neurology American Anual Meting/2015, conforme artigo abaixo:

Fingolimod (Gilenya) é uma medicação oral aprovada
pela FDA para o tratamento da esclerose múltipla, é um antagonista funcional do
receptor da esfingosina-1-fosfato (S1P), e sequestra linfócitos em órgãos
linfáticos secundários.
Trinta participantes com ELA foram randomizados
para usar fingolimod ou placebo. Os participantes foram
acompanhados clinicamente durante 8 horas no início do estudo. A duração do tratamento foi de 4 semanas com visitas de
acompanhamento, e um telefonema de acompanhamento na oitava semana.
As contagens de linfócitos foram monitoradas por um
revisor independente. O sangue foi coletado para monitoramento de segurança e
análise de um subconjunto de linfócitos em cada visita, e o RNA foi recolhido
no início do estudo e na quarta semana.
O desfecho primário foi a tolerabilidade, definido
pelo número de participantes restantes do estudo em uso da droga, e a segurança foi
medida por ocorrência de eventos adversos
Desfechos secundários incluíram análise de
circulação de populações de linfócitos e análise de expressão gênica do sangue.
Eventos adversos graves não foram relatados.
CONCLUSÕES:

Mas afinal, porque nós pacientes brasileiros
deveríamos estar com as nossas atenções voltadas também para o Gilenya?
Por iniciativa de uma Associação de Esclerose
Múltipla do Rio Grande do Sul e com o apoio da
Senadora Ana Amélia, o medicamento Gilenya (fingolimod), que já está no mercado
brasileiro para o tratamento da Esclerose Múltipla, foi incorporado na lista do
Sistema Único de Saúde (SUS) para ser disponibilizado a esses pacientes. A
confirmação ocorreu por meio de portaria publicada no Diário Oficial da
União...” Portanto, o fingolimod é uma droga que já está
disponível no SUS para tratar EM.
A questão é que A ELA é uma doença gravíssima,
progressiva, degenerativa e sem cura. O riluzol não nos proporciona benefícios
satisfatórios, pois relata apenas uns poucos meses a mais de vida, e não há
nenhuma outra droga no mercado que nos de alguma chance de uma sobrevida maior
e melhor. Vale ainda ressaltar que as associações de ELA nos EUA,
juntamente com o FDA e o Senado americano conseguiram unir esforços e aprovar
uma lei chamada “Right to Try".

O projeto visa superar a objeção habitual para a
disponibilização de tais drogas experimentais devido a segurança. Na lei
"direito de tentar," só as drogas que passaram pela FASE
I dos testes cruciais do FDA poderiam ser prescritas,
reduzindo assim a possibilidade de casos como a da Talidomida. Em segundo
lugar, apenas os pacientes terminais seriam elegíveis para a compra dos
medicamentos, tornando mais difícil que a droga venha comprometer
suas vidas.

Por fim, como disse Dr Merit Cudkowicz, “...as
pesquisas fizeram enorme progresso.” Vamos fazer esse progresso ser realidade
também aqui no Brasil. E nas nossas vidas.
Fonte:
Tradutor Google. Textos editados e
parcialmente publicados
Imagens meramente ilustrativas.