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Em 2009 fui diagnosticado com uma doença do neurônio motor (DNM) Trata-se de uma doença neuromuscular, progressiva, degenerativa e sem cura. Mesmo assim insisto que vale a pena viver e lutar para que pesquisas, tratamentos paliativos, novos tratamentos cheguem ao Brasil no tempo + breve possível, alem do respeito no cumprimento dos nossos direitos. .

1 de jun. de 2015

Programa Passe Livre...mas nem tanto.


Por Antonio Jorge de Melo

Definitivamente viajar para outro estado de ônibus quando você é cadeirante é pedir para se aborrecer. Na maioria das vezes faço meus deslocamentos de carro, ou quando possível, de avião. Mas há situações em que a melhor relação custo-benefício é viajar de ônibus,   contanto que você não seja um cadeirante, por que se for, prepare-se para o estresse, para o descaso, e para a falta de conhecimento e de aplicação de mais uma lei entre tantas outras no Brasil, que só existem no papel, mas que não são cumpridas de fato  e muito menos fiscalizadas. Refiro-me a Resolução Nº3871/2012 da ANTT, sobre a qual já tive oportunidade de escrever em duas outras postagens:



O fato é que ontem, saindo de Volta Redonda para Juiz de Fora em um ônibus da Viação Progresso, mesmo após ter tomado o cuidado de ligar para a sede da empresa com alguns dias de antecedência e ter falado com um alto funcionário de lá  chamado Sidney, e ter explicado a ele toda a problemática pela qual eu já havia passado em 2 embarques anteriores no mesmo terminal rodoviário, de nada adiantou. Ainda no guichê da empresa em Volta Redonda, minha esposa foi informada pelos funcionários da viação Progresso de que era atribuição do passageiro a responsabilidade de retirar a cadeira de transbordo no terminal e proceder com o processo de embarque. Após um 
contundente e firme confronto com esses 2 funcionários, eles resolveram então agir.

Mas a questão é que, embora a cadeira de transbordo esteja disponível nos terminais rodoviários, contudo, ninguém sabe como maneja-la de forma correta, segura e adequada. Pelo contrário, observamos um total desconhecimento geral, e ausência de treinamento, que deveria ser de responsabilidade tanto da empresa de ônibus, quanto do órgão gestor do terminal rodoviário de cada município.

Chegando em Juiz de Fora, a mesma situação se repetiu. Quem conseguiu preparar a cadeira para meu desembarque foram as pessoas que lá me aguardavam. No retorno as 18:30 foi ainda pior. Quem me embarcou foram 2 amigos, diante da total falta de conhecimento e capacitação de 1 funcionária da empresa Progresso que havia levado a cadeira para meu embarque, bem como da funcionária do terminal rodoviário que também lá estava.

Por fim, fazendo a minha terceira abordagem e insistindo no mesmo tema, tenho esperança que, de alguma forma isso possa contribuir com uma mudança de cultura e de comportamento por parte das pessoas e das instituições  envolvidas. Tomara.