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Em 2009 fui diagnosticado com uma doença do neurônio motor (DNM) Trata-se de uma doença neuromuscular, progressiva, degenerativa e sem cura. Mesmo assim insisto que vale a pena viver e lutar para que pesquisas, tratamentos paliativos, novos tratamentos cheguem ao Brasil no tempo + breve possível, alem do respeito no cumprimento dos nossos direitos. .

31 de out. de 2012

Atuação da Fisioterapia em pacientes com Esclerose lateral Amiotrófica (ELA)




Por Renata Costa Pereira - Fisioterapeuta

A ELA ( esclerose lateral amiotrofica) é uma doença degenerativa que atinge os neurônios da ponta anterior da medula e os feixes piramidais, comprometendo com isso os neurônios motores superiores e inferiores que são responsáveis pelo movimento voluntário, levando a perda desta função.

O indivíduo com ELA geralmente evolui com o quadro clínico de fraqueza muscular e fadiga, conseqüentemente numa diminuição de suas atividades da vida diária – AVDs..

A fraqueza muscular progressiva pode ser uma das maiores queixas de desconforto nestes pacientes, e é com esse foco no sistema musculoesquelético que a atuação da Fisioterapia Motora junto com a equipe multidisciplinar.

O medico diagnostica a patologia e encaminha para a fisioterapia motora e para fisioterapia respiratória.No qual o fisioterapeuta realiza uma avaliação, sendo que nesta avaliação o fisioterapeuta irá realizar colher as informações sobre a historia atual (HDA), historia pregressa ( HPP), exames complementares, alguns testes específicos de reflexos, teste a contração muscular, observar sobre clönus, fraqueza muscular, alteração respiratória. O fisioterapeuta durante a avaliação vai determinar o melhor tratamento para cada caso.

Na fisioterapia motora pode ser realizada fora ou dentro da piscina, neste caso a terapia tem indicação para a hidroterapia devido as propriedades da água, mas ainda não são todos os pacientes que tem acesso a este tipo de terapia especifica. Na hidroterapia é uma fisioterapia realizada dentro d’agua com a temperatura ente 32º-33º com objetivo de trabalhar movimentos de relaxamento, alongamento e diminuição da dor. Sendo mais fácil para o paciente realizar dentro d’ água que não possa ser realizada no solo, já que na água não temos a ação da gravidade, eliminando o peso do corpo. O tratamento fisioterápico irá auxiliar na manutenção e prolongamento da independência do paciente.

O fisioterapeuta que acompanha o paciente com ELA deve estar atento aos sinais de cansaço, conhecer os fatores pessoais e clínicos que agravam os sintomas da doença e orientar o paciente e o seu cuidador quanto à conservação de energia. Torna-se necessário, portanto, adaptar o tratamento de forma individualizada respeitando a tolerância e as necessidades do paciente, visando manter sempre que possível a sua máxima independência funcional.

 

 

Atuação Fonoaudiológica na Esclerose Lateral Amiotrófica



Por Juliana M Freitas - Fonoaudióloga

A E.L.A. é uma doença degenerativa e progressiva que leva a morte seletiva de neurônios do sistema nervoso central, no caso, os neurônios motores que controlam os movimentos de toda musculatura de membros inferiores e superiores, laringe e região orofacial. Tem início insidioso e curso progressivo. (AbrELA, 2003).

O objetivo da Fonoaudiologia é a manutenção das funções orais ligadas à fala, voz e deglutição.

Durante a evolução da ELA, ocorre uma disfunção da musculatura orofaringolaringeal e da musculatura respiratória, devido a degeneração dos neurônios motores do trato corticobulbar, resultando em queixas de disartria, dispnéia, disfonia e disfagia.

A Disartria (alteração na expressão verbal causada por uma alteração no controle muscular dos mecanismos da fala) compromete a produção oral que é o nosso principal meio de comunicação, qualquer alteração na emissão dos sons da fala representa não somente perdas físicas, mas sociais e emocionais, deixando a parte o convívio familiar e social. A implementação de Comunicação Alternativa é fundamental para manter o paciente interagindo com seus familiares e as pessoas que o cercam.

A Disfagia é preocupante, deve ser avaliada e tratada para não ocasionar problemas secundários como a desnutrição, desidratação e complicações pulmonares. As mudanças na consistência dos alimentos é uma das estratégias do fonoaudiólogo para que o paciente continue se alimentando por via oral de forma segura. Saber o momento certo de sugerir uma via de alimentação alternativa é fator primordial para manter o paciente longe de pneumonias aspirativas em decorrência de alimentação via oral ineficiente quanto à proteção de vias aéreas inferiores.

A demora na realização do diagnóstico impossibilita a monitorização dos sinais e sintomas apresentados e as condutas necessárias a cada estágio, fator que agrava a disfagia e compromete a sobrevida e a qualidade de vida do paciente.

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24 de out. de 2012

Estudo da segurança, tolerabilidade e eficácia da CK-2017357 (Tirasemtiv) na Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)


 
A empresa Cytokinetics (http://www.cytokinetics.com) começou a recrutar cerca de 400 pacientes para a realização de um estudo intervencionista FASE II  Multi-Nacional, duplo-cego, randomizado, controlado por placebo para avaliar a eficácia, segurança e a  tolerabilidade com a droga CK-2017357 (tirasemtiv), na dose de 125mg/dia, quando tomado com ou sem riluzol (também chamado de Rilutek ®) em pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).
A duração do estudo, incluindo o rastreio, a dosagem, e seguimento, é de aproximadamente 20 semanas. Depois de uma semana de fase aberta durante o qual todos os pacientes receberão CK-2017357 125 miligramas (mg) duas vezes ao dia, os pacientes serão randomizados 1-1 (50-50) para receber duplo-cego CK-2017357 ou placebo. A dose será aumentada CK-2017357/placebo não mais rápida do que a mais elevada semanal de cada paciente, a dose diária tolerada, com um máximo de 250 mg duas vezes por dia. A dose pode ser diminuída com base na tolerabilidade. Os pacientes irão continuar o tratamento com a dose máxima tolerada para completar um total de 12 semanas de tratamento duplo-cego. Os pacientes podem estar em riluzol ou não em riluzol no início do estudo. Pacientes que não estiverem tomando  riluzol deverão  ficar s/riluzol. Os doentes em uso de  riluzol  duplo-cego CK-2017357 receberão  riluzol na metade da dosagem rotulados (50 mg uma vez por dia, em vez de 50 mg duas vezes por dia). Os exames de sangue para a segurança será realizada. Informações sobre os efeitos secundários que podem ocorrer também serão coletados.
O estudo está previsto para ter inicio agora em outubro, e sua conclusão se dará em out/2013.

FONTE: http://www.clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT01709149?term=ALS&rcv_d=14&show_rss=Y

Tradutor Google livre

15 de out. de 2012

Mensagem da irmã Sharon, sobre o encontro do ALS-TUN com o FDA


Por Sharon Crump

A ALS Trate-nos agora (ALSTUN) realizou recentemente uma reunião com o Food & Drug Administration (FDA). A intenção era abrir um diálogo sobre os processos simplificados de ensaios clínicos e de incentivo ao setor para participar de programas de acesso expandido (PAA). Temos o prazer de compartilhar que a reunião foi um sucesso e muitas mais serão planejadas para tornar mais fácil para as pessoas com ELA para acessar as opções de tratamento de curto prazo. Sem dúvida, tais EAPs ampliaram e  podem dar esperança sem precedentes para pacientes de ELA.

Continuaremos a atualizá-los sobre o nosso progresso e espero que vocês se juntem a nós em nossos esforços. Por favor, pense em doar seu tempo e talento para a nossa causa. Precisamos de sua ajuda! Por favor, também considere doar para o nosso Fundo de Tratamento de Emergência. Esses recursos ajudam os pacientes de apoio que acessam tratamentos que não são cobertos pelo seguro de saúde. Obrigado!
 
Sobre  o ALSTUN – O  ALS Trate-nos agora (ALSTUN) é uma organização dedicada a trabalhar com as agências reguladoras e da indústria para agilizar ensaios clínicos e incentivar programas de acesso expandido para trazer mais esperança para pacientes com ELA (PALS). Composta de amigos e familiares directos de PALS, ALSTUN representa a visão dos pacientes com uma compreensão profissional das questões envolvidas em tratamentos emergentes. Saiba mais em http://www.treatalsnow.org/.

Sobre o FDA - Os EUA Food and Drug Administration (FDA) é uma agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos. A Organização da FDA consiste no Gabinete do Comissário e quatro direções para  supervisionar as funções fundamentais da instituição: Produtos Médicos e Tabaco, comidas, Operações Globais de regulação e de política, e de Operações.


Saiba mais em http://www.fda.gov/. 107 Windjammer Cove | Emerald Isle, NC 28594 | 252.767.2942 | treat.us.now @ gmail.com

Tradutor Google livre

 

10 de out. de 2012

TFD – Tratamento fora do domícilio

Adriana Arruda e seu esposoWell, da cidade de Manaus -AM

  Por Adriana Arruda                    

         O médico da cidade de origem preenche o formulário on line no site da secretaria estadual de saúde. 
Nesse formulário o médico preenche dados do paciente, dados do acompanhante (incluindo cartão do SUS que é obrigatório os dois terem), histórico da doença atual, exame físico, diagnóstico provável, com o CID (G12.2), exames complementares e anexar todos eles (xerox), tratamento realizado, tratamento e procedimento indicado, justificar as razões que impossibilitam a realização do tratamento na cidade de origem, justificar em caso de necessidade de acompanhante e o transporte recomendável. No meu estado Amazonas, o TFD on line é nesse site, só  para terem uma ideia:

Na hora de entregar este formulário assinado e carimbado pelo médico no TFD do seu estado, tire cópias dos documentos: RG, CPF, Cartão do SUS e comprovante de residência (do paciente e do acompanhante), tire cópias dos laudos de imagens, laudo na eletroneuromio-grafia (se tiver), exame laboratorial atual com Hemograma Completo, VHS, Tipagem Sanguínea, PCR e informar o peso do paciente. As passagns e a   ajuda de custo serão disponibilizadas para paciente e acompanhante.

Eles entram em contato com o acompanhante quando ele consegue agendar a consulta ou a internação ou o procedimento a ser feito pelo SUS, então disponibiliza as passagens do paciente e acompanhante.

OBS: O TFD não é um programa para atender urgência, emergência ou pacientes internados.

As especialidades contempladas pela Política Nacional do TFD além da Neurologia também atende:

Gastroenterologia
Cardiologia
Oncologia
Ortopedia
Epilepsia

Os  agendamentos são realizados pelos responsáveis pelo TFD através da Central Nacional de Alta Complexidade – CNRAC do Ministério da Saúde. Caso seja necessário, os pacientes deverão passar por nova avaliação de médicos especialistas de Policlínicas e Hospitais de Referência antes do parecer do Médico Regulador do TFD, identificados e determinados em Portaria para esta finalidade.

Tem direito a acompanhante paciente menor de 18 anos, paciente com limitação motora, visual, auditiva ou mental ou outras situações específicas, sob recomendação expressa do médico assistente.
              
A ajuda de custo serve para custear despesas com hospedagem, alimentação e transporte para paciente. O TFD não se responsabiliza por despesas adicionais indevidas, nem ressarcimento de passagens em que paciente/acompanhante viajem antes da liberação pelo TFD.

                 
ORIENTAÇÃO SOBRE O RETORNO A CIDADE DE ORIGEM:

Após a alta provisória ou não do tratamento, o paciente deverá:

1 – Enviar um faz para o TFD da cidade de origem, solicitando as passagens de retorno, colocando a seguinte observação na lateral do relatório de alta médica (paciente de alta requer passagens de retorno, juntamente com acompanhante, especificando o dia da viagem) e enviar através do telefone (fax). Ao retornar a cidade de origem após a alta, o acompanhante tem um prazo de 1 (uma)  semana para apresentar dois relatórios que o TFD disponibiliza:

1.1-RELATÓRIO DE ALTA: o médico da alta preenche – nome do hospital, nome do paciente, número do prontuário, estado, cidade, diagnóstico, exames realizados, histopatológico (se tiver), procedimento e/ou tratamento realizado, descrição sumária da cirurgia (se tiver), data da internação (se tiver), data da alta, especialidade, condição atual do paciente, se há necessidade de retorno, se sim justificar o motivo do retorno especificando que tipo de tratamento deverá ter continuidade, se há necessidade de retorno com acompanhante, se sim justificar relatando qual a indicação médica para tal necessidade, data prevista para o retorno, assinatura do médico/carimbo, data do preenchimento do relatório.  Esse relatório preenchido deve ser enviado por fax para o TFD enviar a passagem de volta do paciente e acompanhante.

1.2-RELATÓRIO DE DESPESAS DE VIAGEM: o acompanhante preenche – nome do paciente, documento de identidade do paciente, residência na cidade de origem, telefone para contato, nome do acompanhante, documento de identidade do acompanhante, residência na cidade de origem, telefone de contato, local da consulta (hospital), estado, data da saída da cidade de origem, data do retorno à cidade de origem, GASTO COM HOSPEDAGEM, nome do local onde ficou hospedagem, telefone da hospedagem, endereço da hospedagem, responsável pela hospedagem, valor pago por dia, total gastos na hospedagem, período de permanência no local onde ficou hospedagem, entrou que dia e saiu que dia, GASTOS COM TRANSPORTE, transporte usado foi ônibus: indicar valor unitário passagem, total gasto, táxi: indicar valor unitário, total gasto, metrô: indicar valor unitário, total gastos, GASTOS COM ALIMENTAÇÃO, total das despesas com alimentação.

ORIENTAÇÃO EM CASO DE ÓBITOS:


1-   Solicitar ao Serviço da localidade onde se encontra o paciente, para entrar em contato com o TFD da cidade de origem em qualquer um dos números fornecidos no momento da orientação e nos fins de semanas / feriados através do telefone 0800, para autorização do translado.

2-   O TFD será responsável somente pelo translado do corpo até o aeroporto na cidade de origem.

9 de out. de 2012

Presidente da Biogen esclarece porque o Brasil não entrou no trial da Dexpramipexole


Prezado Antonio Jorge,
 antes de mais nada, obrigado uma vez mais pelo seu contato. Como sempre, representando muito bem os interesses e as ansiedades dos pacientes e da comunidade envolvida com ELA.                                          

Quanto a suas perguntas, veja nossos comentários.

P: Atualmente, como estão os procedimentos nos órgãos pertinentes (ANVISA, CONEP, etc)    em relação ao tempo para aprovação de um protocolo clínico, seja ele global ou nacional?


R: Este tem sido um tema recorrente por parte das empresas farmacêuticas e biotecnológicas, bem como aquelas de pesquisa clínica em suas interações com a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Todos sabemos do papel rigoroso exercido por essa agência reguladora visando assegurar que os medicamentos em uso no país, sejam eles em fase de comercialização ou de ensaios clínicos, tenham sempre o máximo de segurança sanitária. Bem como, que os indivíduos participantes de estudos clínicos sejam respeitados em seus direitos. Esse papel, exercido pela CONEP – Comissão Nacional de Ética em Pesquisa e pelos comitês de ética das instituições (CEP) onde os estudos são conduzidos. O que sem dúvida é sempre louvável. No entanto, os prazos apresentados por esses órgãos para exercerem o seu papel de agente regulador, muitas vezes acabam por tomar mais tempo do que outros países e isso inviabiliza a entrada do Brasil em muitos estudos clínicos globais.
Em geral, um estudo clínico no país pode levar de 6 a 10 meses para ser aprovado.
Felizmente, nesse momento, a Interfarma, órgão representante das empresas farmacêuticas e de inovação, estabelece um bom diálogo com a Anvisa na busca de mais eficiência para o sistema e consequente melhora dos prazos de avaliação dos estudos clínicos. Anexo envio matéria publicada na semana passada reforçando esse meu comentário. Fala sobre registro de produtos principalmente, mas o tema é o mesmo para os estudos clínicos.

 
P: Porque o Brasil não foi incluído entre os países para participar do estudo Multicêntrico FASE III da Dexpramipexole?
 
                  
R: A decisão de quais países participam das diferentes fases de desenvolvimento clínico de um produto depende de inúmeras variáveis. Entre elas o prazo para aprovação ético-regulatória. No caso do Brasil, este prazo dificulta a nossa participação pois não temos prazos competitivos em comparação com outros países, principalmente quando se trata de um estudo de rápido recrutamento como estudos em esclerose lateral amiotrófica. O recrutamento do EMPOWER ocorreu em quatro meses à partir da inclusão do primeiro paciente, um recorde mesmo para os padrões da Biogen Idec.

Francisco Piccolo
Managing Director
Biogen Idec Brazil

 
 

8 de out. de 2012

Mensagem aos pesquisadores brasileiros sobre a China.

 Por Antonio Jorge de Melo
 
Costumo dizer que a Genética é uma coletânea de 10 livros com 1000 paginas cada, e que eu consegui ler apenas 10 páginas e compreender 5, e sobre essas 5 paginas baseio minhas ilações. Portanto, se a minha ignorância for demasiadamente grande, de antemão já faço a minha retratação.
Desde que comecei a me interessar a ler matérias relacionadas a tratamentos com células-tronco, logo percebi que os pesquisadores brasileiros tem uma profunda reserva em relação a China, e a sua maneira de conduzir esse assunto, de forma descontrolada e mercantilista em relação a oferta e a realização desses tratamentos experimentais. Durante o 7ºCBCT não foi diferente. Ocorre que o mau uso das CT ocorre em vários outros países, inclusive nos EUA (http://todosporela.org.br/informativo-pesquisas/falso-tratamento-com-celulastronco-provoca.html), mas a China é sempre o bode expiatório.
Em 2010 todos nós tomamos conhecimento de um fato que ocorreu na Alemanha, o fechamento da Clinica X cells Center, o que causou um verdadeiro alvoroço nos meios científicos e entre os pacientes que acompanham de perto o desenrolar desses tratamentos. O fechamento dessa clínica endossou a posição dos críticos em relação ao que eles denominam de “turismo das células-tronco”, designação que eu particularmente não uso e não concordo com ela, por acha-la demagógica, depreciativa e ofensiva aos pacientes que buscam esses tratamentos, a maioria desesperada e ansiosa por uma chance de viver. Ninguem vai a esses lugares pensando em fazer turismo
No início do ano em curso, uma notícia vinda da China começou a trazer um pouco mais de clareza a essa questão. O site americano “clinicaltrials. Gov” anunciou o início de um estudo experimental com células-tronco adultas na China em 30 pacientes com ELA no Hospital Geral das Forças Armadas da Polícia Chinesa, em Pequin. Contudo, logo depois o governo da China “ordenou a suspensão de todos os tratamentos e testes clínicos com células-tronco que não tivessem a aprovação oficial, informou a mídia estatal, no momento em que o governo tentava controlar a ampla oferta de tratamentos com células-tronco no país, bem como também parava de aceitar novos requerimentos para programas de células-tronco, proibição que irá durar até julho do ano em curso, enquanto a China começa um programa de um ano para melhorar a regulamentação do setor, disse um porta-voz do ministério, segundo a agência Xinhua."

Sobre esse assunto matéria nos links:
Passado alguns meses, a Neuralstem publica uma interessante matéria em seu site falando sobre a presença da empresa no território chinês para realização de ensaios clínicos, a “Neuralstem China (Suzhou Biofarmacêutica Neuralstem Company Ltd.), é o desenvolvimento de tratamentos de terapia celular para a desordem motora crônica de curso em colaboração com Bayi Hospital do Cérebro, em Pequim”, e anuncia também a presença do seu Diretor Científico, Karl Joe, no evento:
"Fourth International Spinal Cord Injury Treatments & Trials Symposium"
 
e a sua palestra entitulada:
 
Venue: Hall One
Spinal Cord Injury Trials: Industry Perspective
Moderators: Mahendra Rao & Wise Young
13:30-19:00
Venue: Hall Two
Human Neural Stem Cell - Karl Johe, NeuralStem. US
13:00-15:30
Neurorestoratological Youth Forum
- Geoffrey Raisman
- Paul R. Sanberg


“Ele vai rever a disponibilidade de células Neuralstem para entrar em ensaios clínicos na China, bem como fornecer uma visão geral dos programas clínicos nos EUA na esclerose lateral amiotrófica (ELA ou doença de Lou Gehrig) e em lesões da medula espinhal.”. (T Google)
Agora mais recentemente, a Neuralstem publicou um boletim anunciando que começará o seu primeiro ensaio clínico em território chinês ainda este ano (http://celulas-troncoja.blogspot.com.br/2012/09/neuralstem-realizara-primeiro-estudo.html).
Resumindo, ao longo de 2012 aconteceram 3 coisas importantes na China em relação a tct:
1-Proibição de uso de experimentos com ct s/ autorização do governo:
2-Simposio sobre tct com a presença de pesquisadores de várias partes do mundo, inclusive o Diretor Científico da Neuralstem.
3-Anuncio do 1º estudo a ser realizado pela Neuralstem na China
Diante desses acontecimentos, não seria o momento de refletirmos e reconsiderarmos as nossas sempre duras e preconceituosas críticas a China?
P/ finalizar minha reflexão, segue uma matéria bastante interessante que a Neuralstem soltou recentemente na mídia:
Neuralstem CEO Blog
  • “Not all those who wander are lost.”

J.R.R. Tolkien, The Fellowship of the Ring
Posted October 4, 2012

 

5 de out. de 2012

Entrega do "manifesto pela vida dos pacientes de ELA" durante o 7ºCBCT.



O local era bonito e imponente, Teatro Raul Cortez. Achei que estava pouco iluminado, pela característica do evento caberia mais luz naquele lugar. Cheguei uma hora antes, o que me permitiu conhecer a Dra Lygia e combinar com ela a melhor maneira de fazer a entrega do “manifesto pela vida dos pacientes de ELA”.
Dra Lygia iniciou a sua palestra entitulada “células-tronco: promessas e realidades  da terapia celularfalando sobre células-tronco adultas, depois discorreu sobre células-tronco embrionárias, e numa linguagem bastante compreensível e simples, que é a sua característica, foi pontuando as definições básicas da Genética para um público, digamos, heterogêneo. Dra Ligia discorreu sobre a história do inicio das pesquisas com células-tronco no Brasil desde os anos 2000 até o estágio atual, e todo o seu processo de evolução. Citou alguns estudos com CT em pacientes com Insuficiência Cardíaca Congestiva, citou um artigo de revisão dos estudos até 2011, mas não entrou nas pesquisas relacionadas a ELA. O foco da sua abordagem foi bastante genérico. 

Outra coisa que me chamou a atenção foi a ausência dos pacientes de ELA que residem em S Paulo, bem como também seus familiares e cuidadores, as cadeiras que eram para eles ficaram vazias. Foi uma oportunidade perdida para mostrarmos o nosso interesse pelo assunto, o  nosso poder de  mobilização e  de interagirmos com os pesquisadores nacionais  que trabalham com pesquisa de células-tronco. Que pena.

Após a Dra Lygia ter aberto o tempo para perguntas, outra coisa que me surpreendeu, pois foram apenas 2 perguntas feitas p/ um assunto de tão alta relevância. Eu não pude fazer nenhuma pergunta por que já estava nos bastidores do palco esperando p/ entrar.
 Concluída a parte de respostas fomos convidados para subir ao palco e fazermos a entrega do “Manifesto pela vida dos pacientes de ELA”. A Drª Lygia repassou imediatamente o manifesto para as mãos da Dra Rosália Mendez Otero, MD, PHD, professora titular do Instituto de Biofísica Carlos C Filhos/ UFRJ, e Presidente da ABTCEL - Associação Brasileira de Terapia Celular, que prometeu anexa-lo a um estudo que está sendo preparado por essa Associação para ser apresentado a ANVISA, onde serão apresentadas propostas de mudanças para a liberação de tratamentos experimentais com células-tronco para as doenças graves e sem perspectiva de tratamento como a ELA. Essa notícia foi realmente o que de melhor poderia ter acontecido naquela noite. Saímos dali com a certeza de que demos mais um importante passo em direção ao objetivo que buscamos, que é o acesso a novos tratamentos e novas terapias para o tratamento da ELA no Brasil.

Da esq p/ a dr: Eu, Drª Rosália , Silvia (IPG), Dep Mara e  Drª Lygia
Vale a pena destacar a presença da Dep Federal Mara Gabrilli, com quem tivemos a honra de dividir a palavra ao final do evento, e da nossa grande amiga, Prof. Samira Otto, cujo irmão é paciente de ELA, que mesmo tendo chegado dos EUA e ainda cansada da longa viagem que havia feito, não poupou esforços para ali estar e  aproveitar  aquela  oportunidade para fazer algumas perguntas e valorizar a entrega do manifesto.
 Se eu pudesse resumir tudo que aconteceu ali naqueles momentos tão especiais de luta e de conquista em apenas uma palavra, eu diria: conseguimos!